Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), avaliou a diferença salarial entre homens e mulheres em diferentes setores do mercado de trabalho e concluiu que, por hora trabalhada, as mulheres recebem 17% a menos em relação aos homens. O número é uma média entre todos os países da região. No Brasil, a diferença é ainda maior: 25% nos empregos formais e autônomos.

“Mulheres no mundo do trabalho: desafios em direção à equidade efetiva na América Latina e Caribe”, realizado pela agência das Nações Unidas , considerou critérios igualitários como homens e mulheres que exercem a mesma função, na mesma região e possuem a mesma formação educacional.

O panorama geral é de redução da desigualdade salarial nos últimos anos e maior participação das mulheres no mercado de trabalho. No Brasil, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho é de 52,3%, enquanto a masculina é de 72%. Mas para o economista regional da OIT e um dos responsáveis pelo estudo, Hugo Ñopo, esse processo de mudança tem sido muito lento .

— As mudanças são na direção correta, o problema está na velocidade desses movimentos. A participação feminina no mercado de trabalho, em geral, está melhorando. Mas a taxa ainda é muito baixa. É preciso pensar políticas culturais para acelerar esse movimento — afirma o pesquisador. — Por um lado, a cultura pode mudar. É possível, muda, e isto é bom. Por outro lado, a parte negativa é que a cultura não muda imediatamente, leva um tempo. Por isso é preciso trabalhar políticas de médio e longo prazo.

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