Entrevista com Hildete Pereira de Melo Hermes de Araujo: IMAM-BR PODCAST #25

Entrevista com Hildete Pereira de Melo Hermes de Araujo: IMAM-BR PODCAST #25

Em parceria com o grupo de pesquisa Brasil Republicano – Pesquisadores em História Cultural e Política (BR-PEHCP), o grupo do Laboratório de Imagem, Memória, Arte e Metrópole  lançou o 25º episódio do IMAM-BR Podcast! A entrevistada é a Profa. Dra. Hildete Pereira de Melo Hermes de Araujo, referência nas áreas de História Econômica Brasileira, História das Mulheres e Relações de Gênero.

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Entrevista com a Profa. Dra. Hildete Pereira de Melo

Entrevista com a Profa. Dra. Hildete Pereira de Melo

Neste episódio, a professora Hildete faz um importante panorama sobre os avanços e retrocessos da luta por uma maior participação política das mulheres na República brasileira, analisa o processo de conquista de políticas públicas voltada para as mulheres e o papel fundamental do movimento feminista nessas vitórias.

Uma análise da distribuição do PIB per capita entre mulheres e homens no Brasil, 1991-2015

Uma análise da distribuição do PIB per capita entre mulheres e homens no Brasil, 1991-2015

A invisibilidade do trabalho das mulheres é um dos temas mais antigos trazido pelos feminismos para as ciências sociais e é referido como uma tentativa de reinterpretar os conceitos de trabalho remunerado/não remunerado. Em geral, as mulheres participam desigualmente do mercado de trabalho. Os dados mostram que, na média, as mulheres recebem rendimentos mais baixos que os homens, ocupam menos cargos de gerência, têm taxas de rotatividade mais altas no mercado de trabalho, estão concentradas em apenas alguns setores industriais e estão alocadas majoritariamente nos setores de serviços e informal.

Ao mesmo tempo, elas são as maiores responsáveis pelas tarefas de cuidados relativos à reprodução da vida, definidas pela divisão sexual do trabalho, uma convenção social e cultural que influencia o acesso e as oportunidades de ascensão no mundo do trabalho. Diante dessa realidade, este estudo visa estimar o diferencial do rendimento per capita feminino em relação ao masculino no Brasil para os anos 1991 e 2000-2015.

A contribuição deste artigo está em revelar que as mulheres brasileiras aumentaram e melhoraram sua participação no mercado de trabalho, conseguindo aumentar seu rendimento no período. Mas, apesar de apresentarem escolaridade média superior à dos homens, ainda têm renda per capita de pouco mais de 50% da renda per capita dos homens. Isso mostra que essa desigualdade vai além da possível justificativa de diferença de qualificação.

Mensurar o trabalho não pago no Brasil: uma proposta metodológica

Mensurar o trabalho não pago no Brasil: uma proposta metodológica

As estatísticas mostram que, em todo o mundo, as mulheres são as maiores responsáveis pelo trabalho de reprodução da vida humana, que envolve as tarefas domésticas e de cuidados, definido como trabalho não pago. É preciso que se reconheça seu valor e importância para a sociedade. Uma forma de fazer isso é mostrar o volume de riqueza, na forma de bens e serviços, gerados por esse trabalho invisível, através de sua mensuração/valoração. Para isso, é necessária a criação de uma Conta Satélite do trabalho não-pago, cumprindo um dos objetivos propostos pela ONU na lista de Metas para o Milênio.

Desta forma, este estudo propõe a discussão de um indicador social do trabalho não pago para o Brasil a ser incorporado às Contas Nacionais. Este trabalho discute o significado das Contas Satélites para as estatísticas de gênero, realçando a importância econômica dos afazeres domésticos e cuidados, não apenas para as famílias mas para a sociedade como um todo, destacando as dificuldades em conciliar trabalho e família para as pessoas responsáveis pelo trabalho não pago. Por fim, o texto desenvolve uma proposta metodológica para estimar o trabalho não-pago no Brasil compatível com a metodologia das contas nacionais.

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