Por Carol Nogueira
A naturalização e romantização das tarefas domésticas e o cuidado de pessoas escancara o abismo da desigualdade de gênero, pode impactar o mercado de trabalho e dificultar o caminho para a equidade.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2019, mostram que as mulheres dedicam 21,4 horas semanais às tarefas domésticas, enquanto os homens destinam apenas 11,0 horas. A diferença de horas entre as médias masculina e feminina aumentou de 9,9 para 10,4 horas semanais, de 2016 para 2019.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) aponta que a desigualdade de gênero também é discrepante no trabalho de cuidado de pessoas – crianças, idosos, enfermos ou pessoas com necessidades especiais –, sendo 36,8% para as mulheres e 25,9% para os homens.